quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

No espelhar das incongruências retidas numa vida

- A noite chega e acho que com este frio enlaçado na chuva é fácil tropeçar nos degraus das escadas. Confesso que me apetece algo doce mas não um chocolate, baunilha ou um chupa como o costume, preciso de algo doce mas que saiba a amargo.



Estranho no mínimo, deves pensar...



O frio atenua com a intensidade da chuva, levantas-te e vais para o átrio dos teus sonhos e balanças a alma e todos os projectos no sentir suave do perfume mais doce que outrora conheces-te... e as lágrimas caem por não lhe poderes tocar. Pois, o sentir para ti não é o suficiente e começas a sufocar nessa ansiedade de agarrar o doce que sabe a amargo. Até que ouves:



-prrrrrrrriiiim, prrrrrrrrrrriiim. É o despertador a tocar.



A tua face reluz as lágrimas como se tivessem sido cristalizadas, dás uma gargalhada surpreendida pelo inequesurável dia lípido e suave. Olhas no espelho e deparaste com os pecados por confessar.



Até que se ouve no eco do deserto inalcançável da tua consciência, o grito que soa no bombear do teu coração.




- É te necessário honestidade total, arrependimento sincero, devoção...


Salmo 37:5 "Entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele e Ele tudo fará"

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