terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Reflectindo...

Cidade dos Sorrisos, 9 Janeiro 2009


Hoje quero escrever sobre as nossas acções..

Passamos os dias a correr de um lado para o outro, a desvalorizar o mais simples que nos completa e depois quando esbarramos contra a parede invisível que faz doer a alma, questionamos o motivo.

Na superficialidade do materialismo deixamos que a pobreza aumente, a ambição absorva a simplicidade e humildade que outrora cativava. Para quê?! Se ao morrermos tudo fica e nada vai connosco além da alma, daquilo que fizemos para Deus.

Daquilo que fizemos para Deus, volto a repetir.
Daquilo que fizemos para Deus, sim quero repetir mais uma vez.
Daquilo que fizemos para Deus!

Escrevo porque vivo no centro da egocentricidade, na desobediência no meio da fortuna. E questiono, que diria Deus de mim hoje?!

Que sou apenas uma criança ingrata... Creio...

Todavia penso...

- Hoje não é tempo para chorar e questionar o motivo das acções contidas nas páginas do passado nesta vida tão preciosa que tenho desperdiçado. É momento de erguer os joelhos do chão, e caminhar diante da Cruz, é tempo de servir!

Talvez não devesse estar a digitalizar estas letras expressas em palavras, pois afinal hoje recebi de Deus dádivas que se projectaram para o resto da minha vida...porém, na alegria de contemplar os presentes que desembrulhei, compreendi que... o pouco que tenho feito para Deus não basta, quando Ele perdoa os meus pecados e me sustenta. Nesta monotonia de sentimentos, ao nevoeiro do anoitecer escrevo para ti que lês estes versos:

Não te prendas nos sonhos,
Quando ao contemplares a geografia
persuades a diversidade.
Quando ao pensares comunicar,
encontras barreiras linguísticas.

Prepara-te!

Age onde estás, sem que te digam que vais onde sonhas...
confia nas palavras de Deus.
Pois, quando Deus te chamar para onde Ele quer,
nada te impedirá.

Quando Deus diz que à um tempo, um lugar..
determinado para cumprir a Sua vontade,
acredita, porque é verdade!

Quando Deus permitir tempestades,
não te sentes para chorar ou lamentar a perda,
Levanta-te ainda com mais fé
e convicto de que tudo tem um propósito debaixo dos céus.

Quando na alegria te esqueceres por instantes de Deus,
ajoelha-te e caminha de joelhos no arrependimento.

- Recordo agora, que um dia escrevi "o que Deus dá, Deus tira", repito.

Se te oferecerem um abraço,
não negues.
Se sentires necessidade de beijar rosto de alguém,
não questiones, fá-lo de coração.

- Em Janeiro viajei pelo monte mais antigo das memórias que guardo, e de entre um velho armário castanho escuro repleto de teias de aranha encontrei uma amiga ou direi irmã na adolescência turbulenta porque passei...? Na estupidez e rigidez das minhas palavras, o meu rosto expressou o que pensava, não o que sentia, ficando ela a criar cenários chuvosos na tela com o jardim mais colorido.

(Declaro que não sei pintar, mas ilustro telas...)

- Passaram-se anos, e nunca mais falámos. E, apenas o mês passado visitei o sotôn...Procurei falar com ela, e espantada recebi com o inesperado...Assim que me viu, rápida e apressadamente queimou as cartas escritas diante do olhar da menina que acreditou n'ela, quando todos lhe viraram as costas. Diante do olhar da menina, ela queimou as cartas... as letras, as melodias, as cantigas, as tentativas, a oportunidade. Endureceu o coração uma e outra vez... voltou a negar, a rejeitar aceitar o presente que dá vida eterna.

Como aconteceu comigo, acontece contigo.
Recebemos por vezes o que achamos não merecer, na ignorância.
Porquê?
Por nem se quer espreitarmos as lembranças.
Tudo passa, e o pior fica retido nos corações que rejeitam ser salvos.

- Agora na Primavera espiritual, recordo como foi o Inverno por que passei... parte da culpa da frieza desta alma é minha! O testemunho que devia de dar nem sempre foi o mais correcto. Hormonas, dúvidas, agitação, novas descobertas...poderia tentar persuadir-te numa justificação. Contudo, não vou fazê-lo. Reconheço que não dei o melhor!


Corações que rejeitam ser salvos.
Tantos,
Imensos,
Imergidos em si.

- Assumo que este frieza faz e fez estremecer a minha alma, faz lagrimar o coração... Porém, reflicto como Deus se sentirá. Provavelmente, desiludido comigo... tanto desejo e tão pouca acção...

Reflicto.
Medito,
digo-te:

Ora até que se esgotem palavras,
Lê, relê, volta a ler e a ler sem parar a Palavra de Deus
assim encontrarás as respostas que procuras,
amanhã?
Não!
No dia em que o propósito de Deus se cumprir.


da vossa amiga:
Jerusa

3 comentários:

Sandra Veneziani disse...

Oi moça!
Gostei muito ...da sua determinação e também por vc ser transparente nos teus sentimentos.Quanto as recordações elas te fazem crescer e te ensinam a ser mais forte.Continue nessa fé pois nela tudo vale a pena.

Que o Senhor continue te dando sabedoria e te abençoando.
com carinho, san

SparkingMind disse...

Custa-me encontrar aqui palavras que eu também escrevi. Sentimentos que eu também expressei. Ideias em que também acreditei.

Se calhar sou uma dessas que, de coração endurecido, nega. E nego. Porém, tenho uma vontade louca de acreditar. Mas já não há nada mais para acreditar.

E nesta encruzilhada em que me encontro agora, sem saber qual é a direita ou a esquerda, não encontro o caminho. Perdi-me Jerusa. Não no passado, que já libertei. Mas no presente que me prende e sufoca.
Nesta estrada de tantos buracos pela qual caminho, não tenho céu.
E tudo aquilo que sempre defendi e em que sempre acreditei (porque me ensinaram a acreditar) desfez-se em fumo.. em espuma.. em pequenas bolinhas de esferovite que não consegues agarrar.. em vento.

Sandra Veneziani disse...

Olá...boa noite!
vim te oferecer com todo o meu carinho o selo - eu amo visitar o seu blog.
beijos