quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Tempo

Quanto tempo mede o tempo que passou,
num abrir de olhos,
ao escutar de uma nova melodia,
no saborear de uma nova brisa e harmonia?

Tempo.

Quanto tempo percorreu o tempo,
enquanto pedia tempo?

Tempo.

Quanto tempo implorou o tempo,
para conseguir atingir novos objectivos,
de forma a alcançar as metas?

Tempo.

Quanto tempo precisei de descansar as letras,
poesia, melodia, escrita, cantada, pensada, inventada, sonhada, criada,
re-criada, imaginada, alterada e alternada,
para voltar a escrever?

Tempo.

E é agora neste tempo,
que procuro gerir o tempo,
de modo a regressar a este tempo de reflexão,
introspecção e consciencialização,
de escrita.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Mudança repentina

No propósito que Deus tem,
não consigo compreender
esta mudança que transborda a alma e o coração.

Penso em Eclesiastes 3:1
"TUDO TEM O SEU TEMPO DETERMINADO, E HÁ TEMPO PARA TODO O PROPÓSITO DEBAIXO DO CÉU"

Ambiciono não sonhar segundo interesses,
continuar a esperar com fervor
alegre e confiante,
mas também com algum temor.

Não quero rimar enquanto escrevo.

Mudança repentina esta que surgiu
no inesperado e equilibrado dia
de quem não soube agradecer
o que aos poucos viveu,
e agora tem que se despedir.

Para sempre a saudade,
as recordações.
Esperançosa de que na eternidade
o reencontro seja ainda melhor
que a despedida,
e aí juntos voltaremos a louvar a Deus
com fé, imensa fé,
profundidade e amor...

Um até breve escrito,
para aqueles que Deus chamou.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Reflectindo...

Cidade dos Sorrisos, 9 Janeiro 2009


Hoje quero escrever sobre as nossas acções..

Passamos os dias a correr de um lado para o outro, a desvalorizar o mais simples que nos completa e depois quando esbarramos contra a parede invisível que faz doer a alma, questionamos o motivo.

Na superficialidade do materialismo deixamos que a pobreza aumente, a ambição absorva a simplicidade e humildade que outrora cativava. Para quê?! Se ao morrermos tudo fica e nada vai connosco além da alma, daquilo que fizemos para Deus.

Daquilo que fizemos para Deus, volto a repetir.
Daquilo que fizemos para Deus, sim quero repetir mais uma vez.
Daquilo que fizemos para Deus!

Escrevo porque vivo no centro da egocentricidade, na desobediência no meio da fortuna. E questiono, que diria Deus de mim hoje?!

Que sou apenas uma criança ingrata... Creio...

Todavia penso...

- Hoje não é tempo para chorar e questionar o motivo das acções contidas nas páginas do passado nesta vida tão preciosa que tenho desperdiçado. É momento de erguer os joelhos do chão, e caminhar diante da Cruz, é tempo de servir!

Talvez não devesse estar a digitalizar estas letras expressas em palavras, pois afinal hoje recebi de Deus dádivas que se projectaram para o resto da minha vida...porém, na alegria de contemplar os presentes que desembrulhei, compreendi que... o pouco que tenho feito para Deus não basta, quando Ele perdoa os meus pecados e me sustenta. Nesta monotonia de sentimentos, ao nevoeiro do anoitecer escrevo para ti que lês estes versos:

Não te prendas nos sonhos,
Quando ao contemplares a geografia
persuades a diversidade.
Quando ao pensares comunicar,
encontras barreiras linguísticas.

Prepara-te!

Age onde estás, sem que te digam que vais onde sonhas...
confia nas palavras de Deus.
Pois, quando Deus te chamar para onde Ele quer,
nada te impedirá.

Quando Deus diz que à um tempo, um lugar..
determinado para cumprir a Sua vontade,
acredita, porque é verdade!

Quando Deus permitir tempestades,
não te sentes para chorar ou lamentar a perda,
Levanta-te ainda com mais fé
e convicto de que tudo tem um propósito debaixo dos céus.

Quando na alegria te esqueceres por instantes de Deus,
ajoelha-te e caminha de joelhos no arrependimento.

- Recordo agora, que um dia escrevi "o que Deus dá, Deus tira", repito.

Se te oferecerem um abraço,
não negues.
Se sentires necessidade de beijar rosto de alguém,
não questiones, fá-lo de coração.

- Em Janeiro viajei pelo monte mais antigo das memórias que guardo, e de entre um velho armário castanho escuro repleto de teias de aranha encontrei uma amiga ou direi irmã na adolescência turbulenta porque passei...? Na estupidez e rigidez das minhas palavras, o meu rosto expressou o que pensava, não o que sentia, ficando ela a criar cenários chuvosos na tela com o jardim mais colorido.

(Declaro que não sei pintar, mas ilustro telas...)

- Passaram-se anos, e nunca mais falámos. E, apenas o mês passado visitei o sotôn...Procurei falar com ela, e espantada recebi com o inesperado...Assim que me viu, rápida e apressadamente queimou as cartas escritas diante do olhar da menina que acreditou n'ela, quando todos lhe viraram as costas. Diante do olhar da menina, ela queimou as cartas... as letras, as melodias, as cantigas, as tentativas, a oportunidade. Endureceu o coração uma e outra vez... voltou a negar, a rejeitar aceitar o presente que dá vida eterna.

Como aconteceu comigo, acontece contigo.
Recebemos por vezes o que achamos não merecer, na ignorância.
Porquê?
Por nem se quer espreitarmos as lembranças.
Tudo passa, e o pior fica retido nos corações que rejeitam ser salvos.

- Agora na Primavera espiritual, recordo como foi o Inverno por que passei... parte da culpa da frieza desta alma é minha! O testemunho que devia de dar nem sempre foi o mais correcto. Hormonas, dúvidas, agitação, novas descobertas...poderia tentar persuadir-te numa justificação. Contudo, não vou fazê-lo. Reconheço que não dei o melhor!


Corações que rejeitam ser salvos.
Tantos,
Imensos,
Imergidos em si.

- Assumo que este frieza faz e fez estremecer a minha alma, faz lagrimar o coração... Porém, reflicto como Deus se sentirá. Provavelmente, desiludido comigo... tanto desejo e tão pouca acção...

Reflicto.
Medito,
digo-te:

Ora até que se esgotem palavras,
Lê, relê, volta a ler e a ler sem parar a Palavra de Deus
assim encontrarás as respostas que procuras,
amanhã?
Não!
No dia em que o propósito de Deus se cumprir.


da vossa amiga:
Jerusa

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

No espelhar das incongruências retidas numa vida

- A noite chega e acho que com este frio enlaçado na chuva é fácil tropeçar nos degraus das escadas. Confesso que me apetece algo doce mas não um chocolate, baunilha ou um chupa como o costume, preciso de algo doce mas que saiba a amargo.



Estranho no mínimo, deves pensar...



O frio atenua com a intensidade da chuva, levantas-te e vais para o átrio dos teus sonhos e balanças a alma e todos os projectos no sentir suave do perfume mais doce que outrora conheces-te... e as lágrimas caem por não lhe poderes tocar. Pois, o sentir para ti não é o suficiente e começas a sufocar nessa ansiedade de agarrar o doce que sabe a amargo. Até que ouves:



-prrrrrrrriiiim, prrrrrrrrrrriiim. É o despertador a tocar.



A tua face reluz as lágrimas como se tivessem sido cristalizadas, dás uma gargalhada surpreendida pelo inequesurável dia lípido e suave. Olhas no espelho e deparaste com os pecados por confessar.



Até que se ouve no eco do deserto inalcançável da tua consciência, o grito que soa no bombear do teu coração.




- É te necessário honestidade total, arrependimento sincero, devoção...


Salmo 37:5 "Entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele e Ele tudo fará"

domingo, 18 de janeiro de 2009

Quantas vezes?

Dizes quando devo parar,
Gritas para te escutar.

Quantas vezes?
Tanto tempo...
E a Cegueira a prevalecer...

Amas,
mesmo com o ignorar.
Abraças,
no desacreditar.

Quantas vezes?
Infinitas...
E o egoismo a subsistir.

Dás sem que te peçam,
Cuidas,
sem que retribuam atenção.

Quantas vezes?
Quase todas.

Fortaleces,
Escutas,
Ampáras,
Dás,
Desenhas,
Cantas,
Páras.

Saboreias,
Retiras,
Caminhas,
Choras no sorrir
na certeza do provir.
O saber brota
na Tua soberana memória.

Iluminas,
Inspiras,
Falas,
Descansas.

Transformas o mar revolto,
na tranquila e brilhante
brisa do amanhecer.

E quantas vezes na ingratidão,
te viramos a cara?
Tantas... tantas vezes...


Desde que mudas-te a vida que transpiro
na ingratidão, aprendo a agradecer.
Erro...quantas vezes?
Ainda muitas!

Através do escudo da fé,
cresço ao usar a Tua armadura.
Ao ser estimulo do Consolador,
ergo o olhar para o que atrás ficou,
e prossigo adiante!
Caminho para Ti...

Quantas vezes?
Desde o amanhecer, lutarei.
além do anoitecer, para Ti...
Viverei!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

´Tenho sono e não quero dormir,
Frio por não me querer mexer.
Saudade? por me esconder.
medo, por fugir! ´

Vida pagã,
aquela que se vive a correr,
sem O amor,
da alegria de renascer.

`Acordo ao ouvir Deus a chamar,
corro para obedecer,
por sentir que devo caminhar,
no seu plano até Ele querer.`

Na alegria de renascer,
vivesse sem medo de tropeçar,
porque a rocha é firme,
e a certeza do amor eterno,
jamais irá acabar.

Emoção?

o branco suaviza a excessividade da emoção,
arrefece o olhar,
a tristeza aquietasse no pulsar,
daquele e outro coração.

A ti Deus,
cabe a decisão,
a nós,
a compreensão!

Fé é necessária,
ao orar por medo de perder,
quem depressa viveu
e agora tu chamas-te,
para que neste mundo deixasse de sofrer.

a Oração tem poder,
mesmo quando a nossa intenção,
não é o melhor que Deus
tem para nós.
o que Ele quer fazer.

Propósito? Existe!
Mesmo na dor da perda
se encontra um rio a florescer.

A fome aumenta
para o que não procura.
A sede escasseia,
para aquele que encontrou
a fonte da vida.

O branco em forma de arco-íris,
o pincel na mão...
Planos perante Deus,
coração no chão,
joelhos curvados,
e olhares a lagrimar,
devido ao amor da misericórdia do Rei,
por ti, por mim.

Deus apaga a emoção
e dá-nos os sonhos do seu coração.