Era noite, e já todos tinham adormecido, porém Ana não conseguia adormecer, por isso, revoltada questionava:
- Onde estás, Deus?
Onde estás, quando choro?
...quando apertam o meu coração, e me roubam todos os tesouros?
Onde estás?
Onde estás, quando sorrio e sinto um vazio?
onde... quando te tento procurar?
onde estás, quando caminho à procura de Luz, de um abrigo...
...quando sem nada, clamo a Ti, Oh Rei dos Reis!
onde estás, que não Te encontro?
Ana desanimada, em lágrimas ajoelhou-se e orou:
- Pai, sinto-te tão distante de mim...
Ontem procurei-Te quando as minhas amigas me insultaram, e nao te encontrei.
Chamei por Ti, quando no meio de uma discoteca me senti sozinha, e não respondeste...
Procurei-te num daqueles livros que aluguei na BIblioteca, e não estavas lá,
Clamei por ajuda quando estava a fazer um dos exames mais importantes da escola, e Tu Deus?
Fui no domingo à igreja e até cantei, mas nao te senti em mim...
Onde estás?
Preciso de ti...
(permanecendo o resto do tempo no silêncio...)
Horas depois, Ana acabou por adormecer. Todavia, assim que o sol raiou, ela despertou do sono e depressa se preparou para mais um dia de aulas...
Ao chegar à escola procurou a Matilde, desabafando, questionou-a:
- Matilde, onde posso encontrar Deus?
Respondendo-lhe Matilde disse:
- Ana, Deus está, onde tu o deixas-te!
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